Recentemente, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e o Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia divulgaram uma nota conjunta (mais uma!) para esclarecer os usos apropriados da testosterona em mulheres, com base nas melhores evidências científicas.
Qual é a única indicação reconhecida?
Atualmente, a única indicação respaldada pelas diretrizes nacionais e internacionais é o uso da testosterona para o transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH) — e exclusivamente em mulheres na pós-menopausa, após investigação completa e exclusão de outras causas.
E a dosagem de testosterona?
As sociedades alertam que não há justificativa científica para dosar testosterona em mulheres saudáveis ou com queixa de baixa libido, com o objetivo de diagnosticar suposta “deficiência androgênica”. A dosagem só está indicada em casos de suspeita de excesso de androgênios, como em quadros de acne, hirsutismo ou distúrbios hormonais como a síndrome dos ovários policísticos.
Riscos do uso inadequado
O uso indiscriminado de testosterona — especialmente em formulações manipuladas ou sem acompanhamento adequado — pode causar efeitos adversos como:
- Hirsutismo (excesso de pelos)
- Acne e oleosidade
- Queda de cabelo
- Alterações no colesterol
- Riscos cardiovasculares
- Hepatotoxicidade
- Efeitos virilizantes irreversíveis
A saúde da mulher deve ser conduzida com ética, cautela e base científica. O uso de hormônios, incluindo a testosterona, exige critério e responsabilidade.
Se você tem dúvidas sobre terapia hormonal, procure sempre um médico qualificado. Informação é cuidado.
Disponível na íntegra: https://www.endocrino.org.br/wp-content/uploads/2025/05/NOTA-SBEM-FEBRASGO-TESTOSTERONA-NA-MULHER.pdf
#testosteronafeminina #notaoficial #saúdedamulher #nutrologia #menopausa #hormônios #medicinabaseadaemevidências #hormônioscomresponsabilidade #nutrologabauru #nutrologalaranjal