Em resumo, ela é um dos instrumentos disponíveis para avaliação (indireta) de composição corporal, ou seja, quanto do seu corpo é constituído por massa muscular, óssea, gordurosa e outras.
Para ser realizada, é preciso de um equipamento específico, e o seu princípio básico de funcionamento é a impedância.
Mas o que seria isso?
Todo objeto, neste caso os tecidos do nosso corpo, tem uma capacidade de resistência a uma corrente elétrica, que é o que chamamos de impedância. Quanto maior a impedância, mais difícil de a corrente elétrica passar.
Alguns fatores, como a quantidade de líquido, por exemplo, favorecem ou dificultam a passagem da corrente, tornando essa impedância diferente entre os tecidos – ossos e gordura, que têm menos água, têm uma impedância maior, ou seja, maior resistência à corrente, enquanto os músculos e a água facilitam a passagem, tendo, portanto, uma impedância menor.
Com isso, no momento em que o paciente é posicionado para a realização do exame, são utilizados alguns eletrodos que farão a transmissão da corrente elétrica, de forma rápida e indolor, e os resultados do exame virão a partir da dificuldade ou não dessa passagem de corrente pelos membros tronco.
Com o laudo em mãos é possível avaliar:
- Composição corporal (água corporal, proteínas, minerais, massa de
gordura, peso)
- Análise Músculo-Gordura (peso, massa muscular esquelética, massa de gordura)
- Análise de Obesidade (IMC, percentual de gordura corporal)
- Massa magra segmentar (membros e tronco)
- Análise de gordura segmentar (membros e tronco)
- Histórico da Composição corporal
- Controle de peso (peso alvo, controle de peso, controle de gordura, controle muscular) •Informações adicionais (taxa metabólica basal, relação cintura-quadril, nível de gordura visceral, grau de obesidade)
Não obstante, é preciso ressaltar que sua precisão pode ser afetada por situações que alteram a quantidade de água no copo, como consumo de álcool, ciclo menstrual, atividade física realizada e hidratação de forma geral, e, ainda, pelo próprio equipamento utilizado.
E neste último ponto, há uma questão que sempre gera dúvidas: o que faz algumas balanças serem mais baratas e outras tão caras (variando de R$ 300,00 a R$ 100.000,00)?
Os modelos disponíveis no mercado variam com a quantidade de frequências de correntes elétricas geradas e a quantidade de eletrodos, e quanto maior a quantidade de frequências e de eletrodos, maior a acurácia do aparelho.
As mais baratas, normalmente, têm menos eletrodos e não são multifrequenciais; à medida que a qualidade do equipamento aumenta, a quantidade de eletrodos e de frequências utilizadas é maior, gerando resultados mais fidedignos.
Gostaram da explicação? Vamos fazer uma avaliação juntos?
A título de curiosidade, a balança disponível no meu consultório é a Inbody 120.